A incidência de colangiocarcinoma (CCA, câncer nas vias biliares e vesícula) está aumentando, principalmente por causa do aumento da obesidade e dos quadros inflamatórios gerados pela condição, sendo que as taxas de sobrevivência a esse tipo de câncer permanecem baixas.
Estudos clínicos recentes demonstraram melhora na sobrevida com quimioterapia e imunoterapia adjuvantes em ambientes metastáticos e pós-operatórios. A única chance de cura do CCA é com o tratamento cirúrgico.
A terapia neoadjuvante (antes da cirurgia) é cada vez mais utilizada para outros tipos de câncer, para atingir a ressecção R0 (limites cirúrgicos livres) e como um indicador de resposta ao tratamento.
Dados do recente estudo prospectivo de fase 2 NEO-GAP (NCT03579771) para quimioterapia neoadjuvante em pacientes com CCA intra-hepática ressecável de alto risco, demonstraram segurança e maior probabilidade de ressecção R0 com uma abordagem neoadjuvante.