câncer de endométrio

O que é o câncer de endométrio?

Trata-se, em geral, de um adenocarcinoma (carcinoma de glândulas) que se instala no revestimento interno do útero.

Esse tipo de carcinoma se forma, com maior frequência, na parede posterior e no fundo do útero e costuma se disseminar por continuidade ao longo do corpo uterino por meio de invasão do miométrio (musculo uterino) e comprometimento colo uterino.

Este é o segundo câncer mais incidente em mulheres em todo o mundo e, em geral, atinge mulheres que já passaram pela menopausa. Mais de 90% dos casos ocorrem após os 50 anos, sendo a média de idade 63 anos.

Quais são as principais causas do câncer de endométrio?

As estatísticas mostram que o câncer de endométrio é mais comum em países desenvolvidos. E segundo estudos, a incidência pode estar ligada a uma dieta rica em gordura. No entanto, os principais fatores de risco conhecidos são:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Quadros clínicos que elevam o nível de estrogênio;
  • Obesidade;
  • Diabetes.

Além destes, existem outras condições que podem estar relacionadas ao desenvolvimento do câncer de endométrio:

  • Histórico próprio ou familiar de câncer de mama, de ovário ou de cólon;
  • Histórico de câncer de endométrio em parentes de primeiro grau;
  • Hipertensão arterial;
  • Primeira menstruação precoce;
  • Menopausa tardia;
  • Irregularidades na ovulação e menstruação;
  • Síndrome do ovário policístico.

Como identificar os sintomas?

Aproximadamente 90% das mulheres diagnosticadas com câncer de endométrio relatam o sangramento vaginal entre as menstruações ou após a menopausa. Além disso, outro sinal de alerta é a presença anormal de corrimentos.

Podem ocorrer dor e massa (volume, tumor) anormal na região inferior do abdome. Outro sinal é a perda de peso sem razão aparente. Lembrando que estes último sintoma e sinais só costumam aparecer em casos mais adiantados da doença.

Quando a cirurgia é necessária para o câncer de endométrio?

O tratamento para o câncer de endométrio parte de um procedimento cirúrgico, na grande maioria das vezes, podendo ser cirurgia aberta ou por videolaparoscopia.

A definição do tipo de cirurgia adotada e dos tratamentos adjuvantes depende da idade da paciente, grau e profundidade do tumor. No caso de mulheres que ainda desejam ser mães, dependendo do grau do tumor, a cirurgia pode ser adiada temporariamente.

Nesta situação, é feita a terapia com progesterona com curetagem (um tipo de raspagem) do endométrio, mas é fundamental contar com o acompanhamento próximo com um especialista, por meio de biopsias periódicas durante e após o tratamento, antes de ter alta para engravidar.

É sempre bom ter em mente que, em todos os tipos de câncer, o diagnóstico precoce é a forma mais eficiente de combater a doença. No caso do câncer de endométrio, não é diferente. Por essa razão, as visitas regulares e os exames preventivos de rotina ao seu ginecologista são práticas indispensáveis.

Além disso, buscar tratamento com um médico especialista em cirurgia oncológica faz toda a diferença na sua jornada a caminho da cura.